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Pensamento capitalista

Bilionário pede desculpas após defender desemprego para lembrar trabalhadores de “seu lugar”

Bilionário defendeu que mais de 200 mil pessoas perdessem seus empregos

Um dos homens mais ricos da Austrália pediu desculpas depois de dizer que o desemprego deveria aumentar para lembrar aos trabalhadores arrogantes de seu lugar. “Precisamos ver a dor na economia”, tinha dito Tim Gurner.

No entanto, mais tarde Gurner disse que lamentava “profundamente” os comentários, que provocaram uma reação global.

Gurner já tinha ido parar nas manchetes ao sugerir que os jovens não conseguem comprar uma casa porque gastam muito dinheiro em torradas com abacate (um prato popular entre jovens).

Um vídeo editado com os comentários do empresário viralizou, registrando mais de 23 milhões de visualizações e fortes críticas nas redes sociais.

Em palestra durante um congresso imobiliário nesta semana, o australiano de 41 anos disse que a pandemia de covid-19 mudou para pior as atitudes e a ética dos trabalhadores – destacando os da construção civil como exemplo.

Ele, que era dono de uma academia e se tornou magnata do imobiliário, afirmou que a mudança está afetando a produtividade no setor que – combinado com regulamentações mais rigorosas – está alimentando a escassez de habitação na Austrália.

Ele defendeu que a atual taxa de desemprego do país, de 3,7%, deveria aumentar entre 40-50% para reduzir a “arrogância no mercado de trabalho”. Isso faria com que mais de 200 mil pessoas perdessem seus empregos.

“Houve uma mudança sistemática na qual os trabalhadores sentem que o empregador tem muita sorte em tê-los”,

disse Gurner.

“Precisamos lembrar às pessoas que elas trabalham para o empregador, e não o contrário”.

Mais tarde, porém, Gurner disse numa publicação no LinkedIn que tinha “feito algumas observações sobre o desemprego e a produtividade na Austrália que lamento profundamente e que estavam erradas”.

Ele disse que havia “conversas importantes para ter neste cenário de inflação elevada, pressões sobre os preços da habitação e dos aluguéis devido à falta de oferta e outras questões de custo de vida”.

Gurner afirmou que os comentários que ele fez foram “profundamente insensíveis” aos funcionários, comerciantes e famílias “em toda a Austrália” afetados pelas pressões do custo de vida e pela perda de empregos.

O bilionário acrescentou que reconhece que a perda de um emprego “tem um impacto profundo” nos trabalhadores “e lamento sinceramente que as minhas palavras não tenham transmitido empatia por aqueles que se encontram nessa situação”.

*Com informações da BBC Brasil

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