×
Ações

Operação ‘Entulho’: entenda como funcionava esquema de fraude de empresas de lixo em Manaus

Buscas incluíram sedes das empresas e condomínios de luxo na Ponta Negra

Reprodução: PF

Durante uma coletiva realizada na manhã desta terça-feira (19), os representantes da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público revelaram como iniciou a investigação que resultou na operação “Entulho”, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, e prisão em Manaus.

Segundo as investigações, as empresas de fachada emitiram R$ 245 milhões em notas fiscais “frias”. A Tumpex foi alvo das ações e se posicionou por meio de nota. Veja íntegra abaixo.

De acordo com delegado da PF, Eduardo Zózimo, os investigados até o momento são empresários, procuradores, funcionários de empresas fantasmas, mas não há processo em andamento contra agentes públicos.

“Nessa operação não tem nada relativo ao processo licitatório. Os documentos que a gente arrecadou hoje ainda serão analisados e a investigação continua”, disse Zózimo.

O esquema das empresas funcionava de forma organizada, contando com uma rede de pessoas que eram responsáveis pelas fraudes.

‘As empresas emitiam notas fiscais para esses grupos econômicos, compostos por essas empresas que prestavam serviço público, e eram emitidos cheques para pagamento dessas notas fiscais. Esses cheques eram sacados pelos sócios, funcionários e procuradores da empresa. Foram sacados aproximadamente R$ 110 milhões e foram emitidos cerca de R$ 120 milhões em notas fiscais fraudulentas’, pontuou o delegado da PF.

O delegado da Receita Federal, Eduardo Badaró revelou os primeiros indícios de corrupção, que desencadearam a investigação.

“Foi observado indícios de não estar havendo pagamento de tributo adequado e isso pode chegar à área criminal. Temos a evasão de divisas, através desse trabalho, são apontados os indícios. Essas empresas não existiam, foram criadas apenas para emitir notas fiscais de produtos que elas não adquiriram’, finalizou Badaró.

NOTA DE UMA DAS EMPRESAS ALVO

A Tumpex, em respeito aos manauaras, clientes e colaboradores, vem a público se posicionar sobre a ação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, dia 20.

Há mais de 28 anos, atuamos no estado do Amazonas com reconhecida expertise no segmento de resíduos sólidos, pautando nossa gestão em princípios modernos de gestão e na legalidade.

Todos os serviços prestados a entes públicos foram e continuam sendo executados integralmente com as devidas comprovações, as quais são reconhecidas tanto pela população quanto por órgãos de controle.

Diante dessa realidade, consideramos injustificáveis quaisquer medidas coercitivas, uma vez que não há motivos por parte de nossa empresa em negar esclarecimentos e informações que possam auxiliar as autoridades investigadoras na comprovação da integridade de nossas ações. No entanto, seguimos firmes na crença de que o trabalho da justiça será feito corretamente e que, após o regular esclarecimento dos fatos, a integridade da empresa será restabelecida.

Nossa postura é de total colaboração, pois compreendemos que está em jogo a imagem de nossos colaboradores, os quais não merecem ser expostos ou ter sua integridade questionada.

Reafirmamos nosso compromisso com a transparência, a ética e a responsabilidade em todas as nossas atividades. Permanecemos à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer informações, com o intuito de contribuir para uma investigação justa e imparcial.

Leia mais

Operação da PF mira empresas de lixo por fraudes de R$ 245 milhões em Manaus

Ex-diretor de autarquia de Rio Preto da Eva é condenado por sonegação previdenciária

Pousada de luxo em Presidente Figueiredo é alvo de operação contra sonegação de impostos

Entre na nossa comunidade no Whatsapp!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *