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COLUNA MAIS NEGÓCIOS - CRISTINA MONTE

Startup brasileira Mombak, especializada no mercado de carbono, implanta projeto na Amazônia e acaba de captar US$ 49 milhões para aumentar a operação

A startup atuará em todos os processos referentes ao comércio de créditos

*Por Cristina Monte

O equivalente a área de 2.400 estádios do Maracanã! Esse é o número que a startup Mombak promete reflorestar em sua primeira fazenda, localizada no município paraense de Mãe de Rio. O intuito? Consolidar-se como referência na comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário a empresas que buscam a certificação carbono neutro, ou seja, a redução drástica em emissões.

Segundo o diretor científico da Mombak, Renato Crouzeilles (foto), a estruturação da empresa está verticalizada, ou seja, a startup atuará em todos os processos referentes ao comércio de créditos.

“Reflorestamento é uma das melhores oportunidades de redução das emissões de carbono, e a gente escolhe a região que vai trabalhar na Amazônia ou fazer parceria rural e escolhe as espécies que vão ser utilizadas no reflorestamento. Realiza a operação de reflorestamento, monitora o crédito de carbono, faz a verificação, validação e certificação desse crédito de carbono, e vendemos para as empresas”,

explica.

Conforme Crouzeilles, desde o início das atividades – há cerca de um ano e meio – mais de 500 hectares já estão em processo de reflorestamento. Ao todo, 100 mil mudas de 69 espécies, entre elas a castanheira, ipê, jatobá e cumaru estão sendo plantadas. Em projeções, até 2027 a meta da Mombak é o sequestro anual de mais de um milhão de toneladas de carbono.

“Isso significaria um aumento em 50% do que existe de carbono de qualidade e integridade hoje para a remoção da atmosfera. Então é uma ambição grande”,

diz motivado.

Nas atividades relacionadas ao reflorestamento na fazenda localizada em Mãe do Rio/PA atuam formalmente 20 moradores locais. Conforme Crouzeilles, com o aumento da área de plantio há uma expectativa de aumento no número de trabalhadores.

“Para gente conseguir chegar em 50 mil hectares vamos precisar de muito mais pessoas. Então, com certeza vai aumentar (o número de trabalhadores). Quando essa fazenda terminar de ser plantada, essas pessoas vão para outras fazendas. Mas nós não vamos fazer uma fazenda de cada vez, queremos fazer simultaneamente em várias. Então, vamos precisar de mais e mais pessoas trabalhando”, .

cita.

Em apoio às atividades da Mombak, a Conservação Internacional (ONG) atua como um validador dos indicadores de impacto. Além dela, O Instituto Peabiru (OSCIP) atua em apoio às ações abrangente a parte social da startup.

A startup captou mais de US$ 100 milhões em uma primeira rodada de investimentos e acaba de anunciar a captação de US$ 49 milhões por parte da gigante francesa AXA.

“A demanda vai ser muito grande, então não preciso ter todo o meu crédito de carbono vendido agora, mas eu precisava dessa empresa para demonstrar a qualidade do projeto desenvolvido”,

conclui.

O capital da AXA entregue à Mombak para gestão, em troca de um fee, será usado para comprar terras e fazer reflorestamento.

Renato Crouzeilles é diretor científico da Mombak Foto: Divulgação

Crise climática obriga McDonald´s a vender sandubas sem tomates

Devido à falta de tomates no leste e norte da Índia, algumas redes de fast food estão, temporariamente, comercializando os sanduíches sem a fruta. Isso está ocorrendo graças a bendita Lei da oferta e da Procura, que faz os preços irem de um extremo ao outro, conforme a disponibilidade do produto no mercado.

Nesse caso, se houvesse muito tomate, como aconteceu há algum tempo na Índia, o preço despencaria e, por outro lado, devido à uma crise climática, onde a produção diminui, o preço dispara. E, justamente, por conta da raridade da fruta e o preço ter subido às alturas, nem mesmo a gigante rede McDonald’s escapou ilesa e está vendendo os sandubas sem o tomate. Outra rede que também anunciou a mesma medida foi a Subway.

Magalu implementa nova ferramenta de IA

Pensando em aumentar as vendas e deixar os clientes mais satisfeitos, o varejista Magalu acaba de anunciar que desenvolveu, em parceria com o Google, uma ferramenta artificial generativa.

A solução será usada por meio da influenciadora virtual Lu, que fará sugestões dos produtos mais adequados às preferências de cada cliente e responderá dúvidas. Por enquanto, a ferramenta está em teste na categoria de smartphones, mas deve ser incorporada ao atendimento nos próximos meses. A solução também registrará reclamações e dará informações sobre status de pedidos, confirmações de entrega e disponibilidade de estoque dos produtos. De acordo com a empresa, a inteligência artificial é baseada nas informações que o cliente disponibiliza.

Tudo para agradar os consumidores e aumentar as vendas.

Polishop enxuga operação e tenta sobreviver no mercado

Com certeza você conhece a icônica Polishop, fundada lá pelos idos de 1990 e que – à época – comercializava um monte de eletrodomésticos e portáteis diferentes (e esquisitos). Apesar do forte crescimento durante décadas, desde 2021 a coisa não anda muito bem por lá, já que conforme informações divulgadas à imprensa, a empresa passou de 3 mil funcionários e 280 lojas nos principais shoppings do Brasil, para 122 unidades e apenas 1,5 mil colaboradores. Mas, o que pode ter levado a companhia a esse ponto? Bom, alguns dos principais fatores foram a facilidade de os brasileiros comprarem pelos marketplaces chineses (sempre com preços baixos) e que passaram a dominar o varejo depois da Covid, mudança do mix em shoppings, que agora oferecem mais serviços de academia e outros, deixando de ser um espaço para vendas e tornando-se um local para encontros e diversões, por exemplo. Outro fator diz respeito à desatualização do modelo de negócios, que, ao longo dos tempos, perdeu fôlego e se desgastou.

A situação está tão ruim que a empresa está somando cerca de R$ 9 milhões em aluguéis atrasados nos shoppings, o que levou as administradoras dos malls a entrarem com ações de despejo.

RÁPIDAS & BOAS

O Santander Universidades está disponibilizando 75 mil vagas em curso de tecnologia. O programa é 100% gratuito e online. As aulas do Santander Bootcamp acontecem na plataforma da DIO, startup de educação de carreiras digitais. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas até a segunda-feira (31/7), pelo endereço eletrônico
(https://curtlink.com/851npSF).


Parceria entre a Rede Mulher Empreendedora (RME) e a Bemol irá viabilizar o curso gratuito Empreende, mana! O curso objetiva oferecer desenvolvimento para negócios liderados por mulheres do Amazonas. Ocorrerá presencialmente no escritório Central da Bemol, localizado na Rua Miranda Leão, nº 41 – Centro. As inscrições vão até a segunda-feira (31/7) e para acessar o edital, basta clicar no link (https://shre.ink/9bQ8).


O projeto “Amazônia em Casa, Floresta em Pé”, realizado pelo Idesam, AMAZ e Climate Ventures, anuncia a abertura de inscrições para a Chamada de Novos Negócios 2023.

O objetivo é selecionar até 50 negócios de impacto que atuem com produtos e insumos da sociobiodiversidade amazônica. As inscrições podem ser feitas até a segunda-feira (31/7), pelo link (https://ury1.com/ggayi).

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