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Opinião

“Tentativa do Ministério da Defesa de interferir nas eleições é preparação de golpe”, diz Serafim

A equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nega a existência de uma "sala escura" de contagem de votos, como acusou o chefe do Executivo

deputado estadual Serafim Corrêa (PSB)
Para o líder do PSB Bolsonaro tem ampliado insinuações golpistas. - Divulgação

Manaus (AM) – O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou na manhã desta quarta-feira (11), em discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) que repudia a tentativa das Forças Armadas de colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, na esteira do que faz o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Ataques às urnas eletrônicas que partem principalmente do presidente da República merecem o nosso repúdio. As agressões à Justiça Eleitoral, aos ilustres magistrados, merecem o nosso repúdio. E agora, essa postura do Ministério da Defesa de querer se imiscuir (intrometer) na Justiça eleitoral merece o meu repúdio”.

Em um documento divulgado na noite de segunda-feira (9), a equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responde a sete perguntas feitas pelas instituições, classificadas pelo tribunal como “opiniões“, e nega a existência de uma “sala escura” de contagem de votos, como acusou o chefe do Executivo.

O Ministério da Defesa, através das três forças – Exército, Marinha, Aeronáutica – tem relevantes serviços prestados à Amazônia, ao Brasil, na defesa das nossas fronteiras, no atendimento das famílias mais carentes ao longo dos rios, mas eles não têm nada a ver com Justiça Eleitoral. Eles não têm nada a ver com urna eletrônica. Eles não têm que se intrometer nisso. Assim como a Justiça Eleitoral não tem que se meter no Ministério da Defesa”.

Para o líder do PSB no parlamento estadual, Bolsonaro tem ampliado insinuações golpistas, ataques às urnas e recentemente prometeu contratar uma auditoria privada que pode, segundo ele, “complicar” o TSE.

Isto é uma tentativa de golpe, uma preparação de golpe. Se o resultado da eleição for adverso para mim, então a eleição não valeu”. As coisas não são assim. A eleição tem que valer quando eu ganho e quando eu perco, porque se não for assim, que democracia seria a brasileira? Reitero o meu repúdio a essa intromissão indevida do Ministério da Defesa na questão eleitoral e a minha solidariedade ao Tribunal Superior Eleitoral e a todos os magistrados que fazem as eleições brasileiras serem admiradas em todo o mundo”, concluiu o parlamentar.

*Com informações da assessoria

Edição Web: Bruna Oliveira

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