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Ipea projeta queda da extrema pobreza no Brasil

Estudo apresentado pelo instituto nesta quarta-feira (17) estima queda para 4,1% até dezembro

Reprodução

Um estudo apresentado nesta quarta-feira (17) pelo presidente Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Erik Figueiredo, aponta estimativa de queda na extrema pobreza no Brasil até o final de 2022. Antes da pandemia, em 2019, esse índice era de 5,1%. A projeção indica a queda do percentual para 4,1% até dezembro deste ano.

“Essa é uma estimativa baseada em ações concretas do Ministério da Cidadania, que é o processo de zeragem da fila do Auxílio Brasil, o que de fato tem impacto”

, disse Figueiredo em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O estudo revela também que o Brasil tem ido na contramão do que ocorre com a extrema pobreza ao redor do mundo. Desde 2019, o indicador global cresceu 15%, enquanto em território nacional caiu 24%. O índice de extrema pobreza também caiu em todas as regiões brasileiras.

“As quedas mais fortes estão na região Norte e Nordeste, com destaque para o Acre, Bahia e Pernambuco”

, explicou Figueiredo.

As estimativas do Ipea foram feitas com base no aumento do número de famílias beneficiadas pelo Auxílio Brasil. No primeiro semestre de 2022, quatro milhões de famílias foram adicionadas ao programa, segundo o governo federal.

Em relação ao orçamento, o reajuste no valor do benefício, que passou de R$ 400 para R$ 600, aumentou o custo do Auxílio Brasil em mais de R$ 30 bilhões até agosto deste ano. O Nordeste foi a região que mais recebeu recursos (R$ 13,3 mi), seguido pelo Sudeste (R$ 9,6 mi), Norte (R$ 3,1 mi), Sul (R$ 2,2 mi) e, por fim, Centro-Oeste (R$ 1,8 mi).

Auxílio e mercado de trabalho

Durante a apresentação do estudo, Figueiredo também ressaltou que, para cada mil famílias incluídas no Auxílio Brasil, há geração de 365 novas vagas de emprego na mesma localidade.

“Antes, você não podia acumular o Auxílio Brasil e um emprego formal. As pessoas optavam, dependendo das condições de trabalho, por permanecer no programa social e obter algum tipo de renda informalmente. Com essa porta de saída, você agora pode acumular o programa social e a carteira de trabalho assinada, você pode permanecer dois anos no programa. Isso facilitou que o mercado de trabalho, aquecido, possa demandar pessoas do mercado informal e do Auxílio Brasil”

, disse.

De julho para agosto, mais de 2,2 milhões de famílias de todo o país foram incluídas no Auxílio Brasil, o que garantiu atendimento pleno de todas as famílias que apresentavam, no Cadastro Único, perfil para serem contempladas. Levando em conta o histórico do programa, implementado em novembro de 2021, são mais de 7,1 milhões de famílias adicionadas ao longo dos últimos dez meses. O Auxílio Brasil chegou a 20,2 milhões de famílias beneficiadas em todo o país.

O reajuste do valor para R$ 600, que começou a ser pago neste mês de agosto, não foi considerado pelo estudo. O Ipea diz que o incremento tem possibilitado ganhos no poder de compra que podem chegar a 116% com o piso de R$600.

Os R$ 600 levam em conta o valor mínimo pago por família de R$ 400 e o valor complementar de R$ 200 até dezembro de 2022, viabilizado a partir da aprovação de Emenda Constitucional pelo Congresso Nacional. O investimento para o pagamento do Auxílio Brasil em agosto de 2022 é superior a R$ 12 bilhões.

“O Brasil está na contramão do mundo após 2019. Tivemos queda generalizada na pobreza em função das ações do Ministério da Cidadania. A ampliação do Auxílio Brasil impactou. As quedas mais fortes foram nas regiões Norte e Nordeste”

, finalizou Erik Figueiredo.

*Com informações do Brasil 61

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