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Denúncia

No Amazonas, mais de 80 galos são resgatados e 16 pessoas detidas em ‘rinha’ nacional

Organizadores do evento cobravam entrada de R$ 100; apostas variavam entre R$ 500 e R$ 20 mil

Foto: Ascom/Aleam

Manaus (AM) – Uma rinha nacional de galos foi desmontada, no sábado (27), no ramal do Pau-Rosa, localizado na BR-174, após denúncia anônima à Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam). No local, mais de 80 galos foram apreendidos e resgatados pela CPAMA. Além disso, cerca de 16 rinheiros foram detidos e levados para a delegacia da área. As anotações das apostas, nome dos donos dos galos e informações sobre 200 pessoas envolvidas com as rinhas foram encontradas no local.

A ação foi realizada pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAMB), juntamente com a deputada estadual Joana Darc (UB). De acordo com informações de testemunhas, os realizadores das rinhas são de Boa Vista (RR) e cobravam R$ 100, por pessoa, para a entrada do evento criminoso, e as apostas mínimas eram de R$ 500, chegando de R$ 10 mil a R$ 20 mil.  A deputada Joana Darc afirmou que a prática é considerada crime e, apesar da localização dos criminosos, a operação foi um sucesso, evitando que mais animais sofressem.

“É uma rinha nacional de fins lucrativos, com participantes de outros Estados, como Bahia, Roraima, entre outros. Esses animais são condenados a lutar até a morte, por isso é crime de maus-tratos. A operação foi um sucesso, pois os rinheiros foram presos e evitamos que o evento, que era de 2 dias, acontecesse, salvando a vida de mais de 80 galos”, pontuou.

É válido ressaltar que os animais estavam em situação de maus-tratos, com lesões peitorais, nas asas, com hipertermia (aumento da temperatura corporal do animal devido à exposição excessiva ao sol e ao calor), alguns cegos e sem esporão. No local também foi encontrado esporão artificial e galos mortos.

Crime

Joana Darc é autora da Lei Estadual nº 6.423/2023 que proíbe a prática de brigas (rinhas) de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos no Amazonas. O alojamento dos animais encontrados era um espaço pequeno, gradeado e sem a devida limpeza e alimentação.

Segundo a legislação, a pessoa que for denunciada e condenada por praticar rinha, será multada no valor de R$ 1.5 mil, podendo chegar até R$ 20 mil , dependendo da infração e do estado do animal.

“No Brasil, rinha de animais, seja cachorro, galo ou passarinho, é crime de maus-tratos. O valor das multas é pela gravidade dos fatos, tendo em vista as consequências para a saúde pública e para a proteção do animal, que está dentro de uma arena lutando pela sua vida”, disse Joana.

*Com informações da assessoria

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