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Julgamento

Caso Joselito: tenente nega ter assassinado os colegas de farda em 2019

"Eu não atirei em ninguém e não confesso esses crimes”, declarou o réu Joselito Pessoa

Foto: Divulgação/MPE-AM

Manaus (AM) – Lurdenilson Lima de Paula, um dos sobreviventes do Caso Joselito Pessoa, foi a primeira testemunha de acusação ouvida, na manhã desta quarta-feira (14), no julgamento por júri popular. O sobrevivente afirmou, por videoconferência, que o tenente da polícia militar, Joselito Pessoa, disparou contra os ocupantes do veículo em que estavam. A vítima ficou paraplégica, conforme o assistente de acusação Maurílio Filho.

Na sequência, foi ouvido o outro sobrevivente e testemunha de acusação, Robson Almeida Rodrigues, de forma presencial. Em seguida, a terceira testemunha, única listada pela a defesa, também foi ouvida.

No interrogatório, o réu Joselito Pessoa disse que ficaria calado sobre as denúncias que lhes foram imputadas. Mas, ao ser questionado pelo juiz se gostaria de dar a sua versão dos fatos, negou ter efetuado os disparos.

“Eu não atirei em ninguém e não confesso esses crimes”,

declarou joselito.

Após um intervalo de cinco minutos, começaram os debates entre Promotoria e Defesa. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) começou o debate às 15h44. A previsão é que a sentença seja proferida ainda nesta noite.

Relembre o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas, Joselito Pessoa Anselmo, três policiais militares e um civil estavam voltando de uma festa na madrugada de 5 de janeiro de 2019, quando o tenente da PMAM atirou nos companheiros de farda e no civil. Duas vítimas morreram na hora e outras duas sobreviveram.

De acordo com o MPE-AM, todos tinham acabado de sair de uma casa noturna e Edizandro Santos Louzada conduzia o veículo quando, sem motivo aparente, Joselito, que estava no assento do meio do banco traseiro, sacou uma arma de fogo e passou a efetuar disparos em direção de cada ocupante do veículo, enquanto gritava dizendo que iria matá-los, ainda conforme a denúncia do órgão ministerial.

Edizandro recebeu um tiro na região da nuca e morreu no local. Lurdenilson, que estava no assento direito dianteiro, sofreu um tiro nas costas, o qual atingiu-lhe a coluna cervical.

Grasiano, que estava no banco traseiro atrás de Lurdenilson, foi alvejado no pescoço e morreu logo em seguida. Robson, que estava no banco traseiro atrás do motorista, sofreu um tiro no ombro esquerdo enquanto tentava se defender de Joselito, ocasião que também sofreu outros ferimentos. Ainda conforme os autos, durante a luta, Robson conseguiu desarmar Joselito e saiu correndo do local para buscar socorro para as vítimas.

Na fase do inquérito policial, Joselito alegou perante a autoridade policial que não atirou para atingir os demais ocupantes do veículo e sim para se defender de pessoas de um outro veículo que, segundo ele, estaria emparelhando com o Voyage ocupado pelo grupo.

Segundo os autos, a versão do réu não foi confirmada pelas vítimas sobreviventes e os laudos apontaram que o Voyage não apresentou qualquer vestígio de penetração de projéteis de arma de fogo vindos de fora para dentro.

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