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Arte

Prédios do centro receberão pinturas

Processo de criação das obras se inicia no dia 2 de agosto, e poderá ser acompanhado do mirante na lateral do Teatro Amazonas

Manaus (AM) – A partir do dia 2 agosto, as empenas dos edifícios Rio Madeira e Cidade de Manaus, localizados no bairro Centro, zona sul da cidade, irão se transformar em telas para receber os traços e contornos dos artistas plásticos Denilson Baniwa e Olinda Silvano. Ambos irão criar obras de artes nas paredes laterais dos prédios, a convite do Circuito Urbano de Arte (CURA) que, pela primeira vez, chega ao Norte do País e recebe o nome de CURA AMAZÔNIA.

O amazonense Denilson Baniwa ficará responsável pela empena do Rio Madeira, com dimensões de 39 metros de altura por 10 metros de largura. Já a peruana Olinda Silvano, usará a empena do Cidade de Manaus que possui 48 metros de altura por 8 metros de largura. O primeiro está localizado na Avenida Eduardo Ribeiro e o segundo na Rua Costa Azevedo, porém, o processo criativo poderá ser acompanhado diariamente do mirante localizado na lateral do Teatro Amazonas, no Largo São Sebastião.

Subsíndica do Edifício Cidade de Manaus, a psicanalista Liilia Barros afirma que a iniciativa do CURA AMAZÔNIA “chega” como uma celebração dos 50 anos de construção do prédio. “Ele foi inaugurado em 1973, um marco da época, como o primeiro da Avenida Eduardo Ribeiro e em alto padrão para aquele período. E arte é a linguagem que comunica direto na alma de quem vê”,

comenta ela.

Segundo Liilia, os condôminos – que no total são 229 – ficaram felizes com a iniciativa e reconhecem que a obra de Olinda Silvano tratará “visibilidade ao prédio novamente”. “Estamos com a melhor expectativa possível!”,

completa.

Impacto

Já Rosana Nogueira, síndica do Edifício Rio Madeira, ressalta que ter uma obra de Denilson Baniwa na empena do prédio é um “privilégio”. “Vejo o edifício como uma moldura para receber essa arte. Imagina o prédio voltado para o Teatro Amazonas e nele tem uma obra de arte? A gente olhar para cima e ser impactado por uma obra? Pra gente é um grande privilégio”,

ressalta.

De acordo com Eduardo Araújo, diretor da fábrica da 3M em Manaus, a empresa está feliz em poder apoiar a primeira edição do CURA AMAZÔNIA. “A 3M é uma empresa que apoia a cultura há anos no Estado. Estamos muito felizes em apoiar uma iniciativa como essa para a população de Manaus, via Lei de Incentivo à Cultura, e com a participação de artistas renomados do Amazonas. A iniciativa se conecta com nossos valores de colaboração, criatividade e, por meio da cultura, visa gerar impacto positivo e transformador na vida das pessoas”,

afirma ele.

Artistas

Denilson Baniwa será o anfitrião da edição. Com 39 anos, já bastante estabelecido na cena internacional de arte, é reconhecido por seu trabalho enquanto artista, curador e articulador de cultura digital. Nascido em uma comunidade do povo Baniwa, em Barcelos, no Amazonas, morou por dez anos em Manaus, onde estudou Ciências da Computação na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Além disso, já expôs seus trabalhos em espaços importantes de arte no Brasil como: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Pinacoteca de São Paulo, Centro Cultural São Paulo (CCSP), Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu Afro Brasil, Museu de arte de São Paulo (Masp), além de países como França, Canadá, Estados Unidos, etc.

Olinda Silvano tem 55 anos, é peruana, artista, tecelã e muralista amazônica. Ela é uma das lideranças do povo Shipibo e por meio da arte kené, caracterizada pelas linhas geométricas, tem conseguido preservar o saber ancestral de seu povo originário, que é localizado na comunidade de Cantagallo, em Lima. A artista tem uma trajetória de mais de 30 anos e tem reconhecimento internacional.

O CURA AMAZÔNIA é uma realização da Agência Urbana de Arte (AGUA), com patrocínio da 3M, apoio da Tintas Coral, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI) e Centro de Atenção à Saúde e Segurança no Trabalho (CASST), além da produção local do coletivo Graffiti Queens e incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

*Com informações da assessoria

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