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Crise

Multidão invade prédios do governo no Sri Lanka para exigir renúncia do presidente

Com uma inflação acima de 18%, a escassez de combustíveis já levou a protestos, feridos e à renúncia do primeiro-ministro

População exige que o líder, Gotabaya Rajapaksa, renuncie por causa da crise econômica do país. Foto: NurPhoto via Getty Images

A residência oficial do presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, foi invadida por centenas de manifestantes neste sábado (09), em Colombo, capital do país asiático. Outros prédios do governo, como a Secretaria Presidencial e o Ministério das Finanças, também foram invadidos. Dezenas de protestos foram registrados pelo país, exigindo a renúncia do líder político devido à grave crise econômica.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que a multidão rompe o perímetro de segurança, apesar das tentativas da polícia em conter a invasão usando gás lacrimogêneo. De acordo com o jornal local Ada Derana, o presidente já havia deixado o local quando os manifestantes entraram.

A residência do presidente é vista no Sri Lanka como um dos principais símbolos do poder estatal, já que remonta ao período em que o país foi colônia inglesa. De acordo com as agências de notícias internacionais ainda é incerto se o presidente Rajapaksa vai renunciar ao cargo após o ocorrido.

Protestos já ocasionou em feridos no país. Foto: Nurphotos via Getty Images

Causas

O Sri Lanka, uma ilha no Oceano Índico localizado abaixo da Índia, enfrenta há alguns meses o que é considerada a pior crise no país desde a sua independência, no fim dos anos 1940. Com uma inflação acima de 18%, a escassez de combustíveis já levou a protestos, feridos e à renúncia do primeiro-ministro.

O cenário inflacionário do país piorou especialmente a partir de outubro de 2021. Desde abril de 2022, o índice oficial de inflação segue acima dos dois dígitos, sem sinais de ter atingido um pico.

Em 6 de junho, o novo primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe afirmou que o país está “falido”, e que milhões de pessoas enfrentam dificuldades para comprar produtos básicos como alimentos, remédios e combustíveis.

Pouco antes de Wickremesinghe falar sobre a situação do país, o ministro de Energia Kanchana Wijesekera avaliou que a crise atual seria inevitável, mas foi acelerada pelo cenário externo.

“Em termos de combustível e alimentos, nosso país teria que enfrentar essa crise em algum momento. O combustível era escasso. Os preços dos alimentos subiram”, disse.

Confira imagens do protesto:

*Com informações de Gazeta do Povo e CNN

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