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Fumaça de queimadas deixa ar de Manaus entre os três piores do mundo

Prefeitura de Manaus anuncia estado de ‘Mobilização’ na capital amazonense

Manaus (AM) – Mais uma vez, Manaus amanheceu encoberta por fumaça causadas por queimadas na Amazônia. Devido à crise ambiental que o Amazonas vem sofrendo, a capital registrou, nesta última quarta-feira (11), a terceira pior qualidade do ar do mundo, de acordo com o World Air Quality Index (WAQI).

De acordo com dados do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), levantados pela Prefeitura de Manaus, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), a fumaça tem origem nos municípios da Região Metropolitana de Manaus.

De acordo com levantamento, na última segunda e terça-feira, 9 e 10 de outubro, foram registrados 504 focos de queimadas no Amazonas, sendo que o município de Autazes, a 111 quilômetros de Manaus, registrou 105, o que representa 20,8% do total registrado no Amazonas.

Além de Autazes, os municípios de Careiro (50 focos), Careiro da Várzea (26 focos), Itacoatiara (24 focos) e Manacapuru (18) estão entre os dez municípios que mais registraram focos de queimadas nos últimos dois dias, segundo os dados do Inpe.

Manaus, neste mesmo período, registrou três focos de queimadas, todos na zona rural, sendo dois nas proximidades da BR-174, rodovia que liga o Roraima e Amazonas, e o terceiro foi registrado nas proximidades da comunidade Nossa Senhora de Nazaré, no rio Amazonas.

Manaus, neste mesmo período, registrou três focos de queimadas, todos na zona rural, sendo dois nas proximidades da BR-174, rodovia que liga o Roraima e Amazonas, e o terceiro foi registrado nas proximidades da comunidade Nossa Senhora de Nazaré, no rio Amazonas.

Qualidade do ar

Os dados são do painel de monitoramento de qualidade internacional World’s Air Polution, que reúne análises de sensores ao redor do mundo – incluindo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva).

A média do índice de poluição de Manaus é de 459 ug/m3 e só perde para só para o condado de Siskiyou, localizado na Califórnia, Estados Unidos. A região alcança o nível alarmante de 748 ug/m3.

Estágio de ‘Mobilização’

Durante uma coletiva realizada na tarde desta última quarta-feira (11), a Prefeitura de Manaus, via Centro de Cooperação da Cidade (CCC), torna público que, por consequência da fumaça que voltou a encobrir o município de Manaus, foi necessário realizar a alteração do status da capital para “Mobilização”.

A alteração foi analisada por especialistas de saúde e meio ambiente das Secretarias Municipais de Saúde (Semsa); e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), devido à fumaça proveniente das queimadas.

Como esclarece o superintendente do CCC, Sandro Diz, o estágio de Mobilização é classificado como o segundo nível, em uma escala de cinco, e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade devido a um evento previsto ou a partir da análise de dados provenientes de especialistas.

“A decisão foi alinhada, em conjunto com a Semsa e a Semmas, com o objetivo de padronizar e agilizar a comunicação sobre os reflexos dos diversos tipos de ações que a Prefeitura de Manaus está realizando para acolher e orientar à população sobre as queimadas, que são prejudiciais tanto ao meio ambiente quanto à saúde humana”, afirmou o superintendente.

Recomendações de Saúde

Para evitar problemas de saúde relacionados à exposição à fumaça, a Semsa recomenda que medidas de proteção simples sejam adotadas na rotina das famílias.

A proteção individual pode ser feita especialmente com o uso de máscaras, hidratação oral, com o consumo reforçado de líquidos, principalmente água, e a lavagem dos olhos e do nariz, usando-se soro fisiológico para evitar o ressecamento e o agravamento de quadros de irritação.

No ambiente doméstico, é importante o uso de umidificadores, vaporizadores ou de uma bacia com água para deixar os cômodos mais úmidos.

“Estamos em um cenário atípico e é importante que todos adotem alguns cuidados, com atenção especial às crianças, aos idosos e aos que são mais sensíveis às condições climáticas, como as pessoas que têm rinites alérgicas e asma, por exemplo”,

alerta a titular da Semsa, Shádia Fraxe, destacando que a exposição à fumaça pode causar desde desconfortos leves e passageiros a sintomas como dor de cabeça e dor de garganta, dificuldade respiratória, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos e crises alérgicas.

A secretária recomenda que, além das medidas de proteção respiratória mais comuns, é importante que, dentro do possível, as pessoas evitem aglomerações, circular em áreas próximas a queimadas e sair no horário de maior calor, desde o final da manhã até o meio da tarde. Nos casos de agravamento de sintomas, principalmente dificuldade para respirar (falta de ar), a pessoa deve procurar uma unidade de saúde de pronto atendimento.

Denúncias

De 1º a 10 de outubro, a Semmas recebeu 14 denúncias de queimadas dentro do período urbano de Manaus. A secretaria passou todos os registros para os órgãos de Segurança Pública do Estado com o objetivo de identificar os autores.

Além disso, a Semmas tem feito um trabalho de resfriamentos dos parques da cidade. Todos os dias, os caminhões-pipa estão atuando nesse trabalho, no sentido de evitar algum foco de incêndio nas unidades administradas pela secretaria.

O órgão municipal de Meio Ambiente aproveita para reforçar que a população pode contribuir denunciando qualquer tipo de queimada pelo WhatsApp (92) 98842-2161 ou no e-mail: [email protected].

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