Saúde infantil Pesquisa: Crianças com pais gays podem estar em melhor situação familiar Estudo europeu revela que crianças com pais gays podem ter um desenvolvimento melhor e menos problemas comportamentais do que as criadas por pais heterossexuais Em Tempo* - 15/01/2024 às 19:5715/01/2024 às 19:57 Um estudo recente, publicado em novembro do ano passado, intitulado “Pais gays europeus via barriga de aluguel: parentalidade, apoio social, microagressões antigays e problemas de comportamento infantil”, (“ European gay fathers via surrogacy: parenting, social support, anti-gay microaggressions, and child behavior problems ”, no original), sugere que crianças com pais gays podem estar em uma situação melhor do que aquelas com pais heterossexuais. A pesquisa, conduzida por investigadores da Bélgica, Itália e Estados Unidos, analisou 134 famílias europeias, sendo 67 com pais homossexuais por meio de barriga de aluguel e 67 com pais heterossexuais por meio de concepção sem assistência. As crianças dessas famílias tinham entre 1,5 e 10 anos. O estudo avaliou o estilo parental, a divisão de tarefas, a satisfação dos pais com o relacionamento e a existência de problemas de comportamento nas crianças. Além disso, as famílias com pais gays foram analisadas, inserindo também o impacto da homofobia e do apoio da comunidade (amigos, familiares e sociedade em geral) em suas vidas. Os resultados mostraram que os filhos de pais gays apresentaram menos problemas de comportamento, tanto de externalização (como agressão e quebra de regras) quanto de internalização (como ansiedade e depressão), em comparação com os filhos de pais heterossexuais. Além disso, os pais homossexuais relataram estilos parentais mais eficazes, maior qualidade de coparentalidade e maior satisfação no relacionamento do casal. Os problemas de comportamento das crianças foram mais fortemente associados a terem sido criados em uma família de pais heterossexuais, a uma paternidade mais autoritária e a uma coparentalidade menos positiva. Os resultados refutam as preocupações sobre os possíveis efeitos prejudiciais da concepção de barriga de aluguel ou de ser criado por pais gays sobre o desenvolvimento da criança. O estudo também sugere que os terapeutas familiares que tratam de problemas de comportamento infantil devem se concentrar principalmente na melhoria do relacionamento entre pais e filhos, na redução de estilos parentais autoritários e, especificamente para famílias de pais gays, no enfrentamento de microagressões antigays e na falta de apoio social fora da família nuclear. *Com informações do site iG Leia mais: “Cura gay” constitui prática de tortura e pode gerar ideias suicidas, dizem especialistas Brasil: O país que mais mata LGBTs reproduz cada vez mais discursos de ódio Movimento LGBTQIA+ do Amazonas vai inaugurar sede em Manaus Entre na nossa comunidade no Whatsapp!