Gás Natural Deputados estaduais cobram explicações da Cigás sobre possíveis investimentos no Amapá Sinésio Campos (PT) e Serafim Corrêa (PSB) apontam que o empresário Carlos Suarez é 'vilão' e 'muito esperto' Em Tempo* - 26/05/2022 às 20:3126/05/2022 às 20:31 Manaus (AM) – Os deputados estaduais Sinésio Campos (PT) e Serafim Corrêa (PSB) cobraram explicações da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) sobre o motivo de possível investimento em 60% no leilão de térmicas a gás, destinadas à capital ou região metropolitana do Amapá. O Estado é o único do Norte que não há vigência da nova lei do gás, que estabelece regras sobre o serviço de distribuição e comercialização da matéria-prima. O Ministério de Minas e Energia abriu edital para construção de térmicas a gás na região Norte e a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), da qual a Cigás faz parte, sugeriu que no próximo leilão possa investir os tais 60% do produto no Amapá. Para Sinésio Campos, a articulação tem influência direta do empresário baiano Carlos Suarez, que, atualmente, detém 83% das ações da Cigás. “Mais uma vez o governo federal ataca o Amazonas e, agora, tendo um dos vilões que explora o gás no país, que chama-se Carlos Suarez, associado à Abegás. Das 11 empresas de gás do Brasil ele é sócio majoritário de 8, dentre elas a Cigás do Amazonas, que garante ao Carlos Suarez um montante de 800 mil reais ao ano”, revelou Sinésio. Líder do PSB na Casa Legislativa, Serafim Corrêa lembrou que a nova Lei do Gás, de iniciativa da ALE-AM, aprovada em março de 2021, contraria os interesses do empresário baiano. “O senhor Carlos Suarez é muito esperto”. “Recentemente, o Jornal Estado de S. Paulo, divulgou o ‘centrãoduto’. É que no projeto de lei, que autorizou a privatização da Petrobras, foi incluído um artigo, obrigando a quem comprar, gastar R$ 100 bilhões em investimentos de gasoduto na Região Norte, exatamente onde estão as reservas que são controladas pela empresa estadual de gás de Suarez”, pontuou. Serafim explicou que a Cigás é uma dessas empresas, mas com a nova Lei do Gás, no Amazonas, o empresário ficou, de certa forma, prejudicado em suas atividades e, através da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), pode prejudicar o mercado de gás no Estado. “A Abegás sugeriu ao Ministério de Minas de Energia que no próximo leilão de térmicas a gás colocar 60% no Amapá, sabe por quê? Porque no Amapá ainda não tem a nova Lei do Gás. Interessante é que a justificativa foi a “alteração objetiva de reduzir a interrupção de energia, como aconteceu, recentemente, com apagões e a segurança do sistema”. Mas o que aconteceu no Amapá não foi falta de geração, foi problema de distribuição, o que é completamente diferente. O que ele quer é desviar para lá, porque lá ele tem o controle total e aqui, onde nós temos as maiores reservas de gás, temos a possibilidade de novas térmicas. Ele não quer aqui, porque pelas novas regras ele perdeu o controle que tinha”, alertou o parlamentar fazendo menção ao diretor-presidente da Cigás, René Levy Aguiar. *Com informações da assessoria Leia mais: Tarifas de gás natural da Cigás não sofrerão reajustes Cigás investe R$ 34 milhões na expansão da infraestrutura de distribuição de gás natural Cigás assegura que mantém preço do gás natural no Amazonas Entre na nossa comunidade no Whatsapp!