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Alerta de Saúde

“Houve relaxamento nas aglomerações”, diz infectologista sobre aumento de casos da Covid-19 no AM

Cerca de 1.100.000 (um milhão e cem mil) pessoas não se vacinaram com a 3ª dose da vacina e cerca de 600 mil amazonenses não tem nem a primeira dose

Obrigatoriedade do uso de máscaras é recomendada por médico infectologista. Foto: Arquivo/Semcom

Manaus (AM) – O médico infectologista Nelson Barbosa alertou a população para o retorno do uso de máscaras, por pessoas de quaisquer idades, em locais abertos e fechados. O anúncio aconteceu após o aumento de casos da Covid-19 no Estado do Amazonas, anunciado pela Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosimary Costa Pinto (FVS-RCP). Nesta quinta-feira (30), o Boletim Diário informou que foram registrados 447 novos casos.

No interior do Estado, o aumento na média diária foi de 8 para 20 casos diários. Sendo assim, a capital do estado tem 62% dos casos registrados nesses últimos dois meses (maio e junho).

Apesar de a FVS recomendar o uso de máscaras em qualquer lugar para pessoas com 70 anos ou mais, especialistas indicam que a obrigatoriedade do uso para qualquer pessoa, não importando a idade e nem o ambiente, seja aberto ou fechado, deve retornar.

De acordo com o médico infectologista Nelson Barbosa, o uso de máscara deve ser obrigatório para todos, bem como o distanciamento social, visto que 39% dos novos casos de Covid-19 foram registrados na faixa etária de 18 a 39 anos.

“Por isso que o Ministério da Saúde autorizou o Amazonas a vacinar as pessoas nessa faixa etária. Então, isso aí [aumento dos casos] é preocupante. Vamos ver o que o Festival de Parintins vai trazer de casos”,

afirmou o especialista.

Nelson Barbosa afirma que o país já passa pela terceira onda de contaminação, que começou em São Paulo com a flexibilização do uso de máscaras. O estado do Amazonas foi um dos últimos a aderir essa flexibilização. Com a medida, a população deixou de seguir as recomendações de higiene para prevenção, como o uso de álcool em gel ou álcool 70%, limpeza constante das mãos, o distanciamento social e o isolamento doméstico.

“Eu imputo essa nova onda a quatro fatores importantes: primeiro, o surgimento das novas subvariantes da ômicron; a segunda é a baixa adesão à vacinação; a terceira é a flexibilização do uso de máscaras; e a quarta são as medidas não farmacológicas de prevenção. Houve o relaxamento nas aglomerações e o povo já se sentiu seguro. Então é necessário que o poder público invista em campanhas para que a gente possa vacinar as pessoas”,

disse o infectologista.

Barbosa salienta que enquanto 90% das pessoas não se vacinarem com a quarta dose da vacina, os casos de Covid-19 vão continuar aumentando, pois as vacinas não são 100% eficazes contra a contaminação e a população ainda pode testar positivo com o vírus. Os não imunizados, principalmente pessoas com comorbidades e idosos, são mais propensos a serem infectados.

Por sua vez, o secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Abdul Samad, lembrou nesta quinta-feira (30), em entrevista para uma TV local, que as pessoas não estranhem os casos aumentando e as filas de espera nos hospitais da cidade, pois cerca de 1.100.000 (um milhão e cem mil) pessoas não se vacinaram com a 3ª dose da vacina e cerca de 600 mil amazonenses não tem nem a primeira dose.

É possível que aconteça a quarta onda da Covid-19, no entanto, com a vacinação em dia, os casos não serão tão complicados como aconteceu em 2021, ano marcado pelo colapso da falta de oxigênio nos hospitais da capital e do Amazonas.

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