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Remédio Fitoterápico

Pesquisa desenvolve fitoterápico à base de fruto amazônico para combater efeitos por veneno de jararaca

O remédio será uma substância efervescente para ser tomada diluído em água, com ação eficaz contra dor intensa, edema, bolhas, equimose e necrose muscular, antimicrobiana e, principalmente, para evitar a amputação do membro afetado pelo veneno da serpente

Manaus (AM) – Um fitoterápico foi desenvolvido à base de uma fruta amazônica conhecida como goiaba-de-anta (Bellucia dichotoma) para ser usado como anti-inflamatório e bloquear as reações edematogênica, provocadas pelo veneno da jararaca-do-norte (Bothrops atrox).

O remédio será uma substância efervescente para ser tomada diluído em água, com ação eficaz contra dor intensa, edema, bolhas, equimose e necrose muscular, antimicrobiana e, principalmente, para evitar a amputação do membro afetado pelo veneno da serpente.

De acordo com Maria Cristina Sampaio, coordenadora da pesquisa e bióloga na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a formulação do fitoterápico já está concluída. O estudo buscou propor uma fórmula que pudesse ser utilizada como coadjuvante à soroterapia para diminuir os danos teciduais locais produzidos pelo envenenamento botrópico.

Doutora em Imunologia, a pesquisadora destaca que o soro utilizado no Brasil para acidentes com jararacas neutraliza com bastante eficácia os efeitos sistêmicos causados pelo veneno (hemorragia, miólise, hemólise, paralisia neuromuscular e respiratória, sintomas vagais, injúrias renais, alterações na cascata de coagulação e nas plaquetas, cardiotoxicidade, trombose), mas não impede os efeitos locais, deixando desta forma a porta aberta para complicações e sequelas no membro atingido.

“Nossa proposta foi preparar a formulação de um fitoterápico baseado no conhecimento e uso da planta (goiaba-de-anta) pela população tradicional, validando a planta como antiofídica, para que a indústria farmacêutica possa elaborar o remédio e distribuir à população”,

completou.

A pesquisa desenvolvida conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Edital nº 006/2019, do Programa Universal Amazonas.

*Com informações da assessoria

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