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Editorial

Disputa se acirra

De acordo com recente pesquisa Datafolha, Lula segue estável, mas a cúpula de sua campanha já começa a se convencer de que a disputa do segundo turno é uma realidade a aceitar devido ao desempenho de Bolsonaro a esta altura do jogo

Foto: Divulgação

A um mês da reta final da campanha eleitoral de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue diminuindo a diferença de percentuais em relação ao concorrente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma das mais polarizadas eleições da história política brasileira.

De acordo com recente pesquisa Datafolha, Lula segue estável, mas a cúpula de sua campanha já começa a se convencer de que a disputa do segundo turno é uma realidade a aceitar devido ao desempenho de Bolsonaro a esta altura do jogo. A cada novo levantamento, cai a diferença entre os dois postulantes.

Mas, na opinião de analistas, Bolsonaro e Lula, justamente por conta da polarização, precisam ser mais propositivos à sociedade, deixando de lado suas baixarias religiosas. Deveriam, por exemplo, contemplar as altas demandas referentes as mulheres, o contingente eleitoral mais numeroso nas atuais eleições.

Apesar de super importantes do ponto de vista eleitoral, as mulheres são absurdamente injustiçadas no mercado de trabalho quando o assunto é maternidade, conforme estudo da Universidade de Princeton e da London School of Economics. O estudo estima em 38% a queda de renda das brasileiras nos anos seguintes à chegada de um filho.

Após os filhos chegarem, as mulheres enfrentam obstáculos terríveis, muitas vezes obrigadas a rever suas atividades profissionais para poder cuidar das crianças, as quais, também em função de uma série de situações adversas, não conseguem abrigar em creches. Trata-se de um drama que afeta, sobretudo, as famílias de baixa renda. Um gigantesco problema que desafia Bolsonaro e Lula.

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