Caso Lorena: casal suspeito de matar criança guardou o corpo em mochila por três dias

Manaus (AM) – A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), afirmou que Ana Beatriz Guimarães e seu companheiro John Lenon, suspeitos de assassinarem Lorena Ferreira, de dois anos, passaram três dias com o corpo da criança na casa do avô, dentro do quarto em que estavam, no município de Autazes (distante 113 quilômetros de Manaus). A informação foi dada durante coletiva na tarde de quinta-feira (1º).

De acordo com as autoridades, Ana Beatriz, tia da vítima, confessou ter participação no crime e o que teria acontecido antes da morte da criança. Ela contou para a polícia, que a menina sofreu agressões na cabeça, praticadas pelo companheiro com ajuda de um esfregão. A vítima, Lorena Ferreira de apenas dois anos morreu em Manaus entre os dias 22 e 23 de março de 2022, no bairro Compensa, Zona Oeste da capital. O corpo dela foi encontrado três dias depois, dentro de uma bolsa enterrada no quintal da casa do avô, no município de Autazes.

“Após a menina morrer aqui em Manaus, em decorrência de agressões na cabeça com um esfregão, os suspeitos colocaram o corpo dela dentro de uma bolsa e fugiram para Autazes, onde a Ana Beatriz passou três dias com o corpo da menina no quarto dela e enterrou apenas por conta do mal cheiro”, disse a delegada titular da Depca.

Na época, John Lenon chegou a se apresentar à polícia para prestar esclarecimentos e culpou a companheira, além de negar ter participado do crime.

Após a polícia ter acesso as imagens do circuito de segurança, a versão do homem foi desmentida e um mandato de prisão preventiva expedido no nome dos dois suspeitos. Ana Beatriz foi presa na terça-feira, 30, e o John Lenon nesta quarta-feira, 31, após uma denúncia anônima. Ele foi localizado no bairro Aleixo onde trabalhava como lavador de carros e usava uma identidade falsa.

“O Jhon Lenon, ele estava sendo procurado como principal suspeito do crime. Ele estava usando um documento de identidade falso se passando por um João e trabalhando em um lava-jato, momento em que foi preso após denúncias”, disse.