Agressão Delegado entra armado na escola do filho e agride professor De acordo com delegado, professor chamou o filho de “nazista”. Educador nega. Em Tempo* - 04/07/2023 às 14:0104/07/2023 às 14:01 A Polícia Federal (PF) apura a conduta de um delegado que ameaçou e agrediu um professor em Guaíra, no Paraná, depois de o educador discutir com o filho do oficial, um adolescente de 13 anos. A vítima alega que foi enforcada e recebeu voz de prisão. O episódio ocorreu na última sexta-feira (30), no Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo. Em boletim de ocorrência, o delegado Mário César Leal Júnior relatou que o professor havia dito que “soltaria fogos de artifício” quando o filho saísse da escola, além de ter afirmado que o aluno era “nazista, racista, xenofóbico e gordofóbico”. O caso foi registrado na Polícia Civil como injúria. O educador Gabriel Rossi, no entanto, alegou que nunca chamou o estudante de nazista, apesar de confirmar que celebraria a saída do aluno, considerado de comportamento problemático, da escola. “Eu já tinha visto ele fazer comentários de cunho preconceituoso, machista, homofóbico, gordofóbico com os professores e que todas essas coisas somavam à visão que eu tinha de comentários detestáveis que ele fazia, inclusive eu disse para ele que em alguns momentos o vi fazer brincadeiras de cunho nazista. Mas eu sei que o menino não é nazista” , contou Gabriel ao blog de Andréia Sadi, no portal G1. “Começou a gritar que eu estava preso” O professor relembra que ele e o adolescente tiveram uma conversa particular depois de o aluno chamá-lo de “calvo”, mas nega qualquer tipo de discussão ou menção política. No mesmo dia, já na saída da escola, o profissional conta que foi abordado pelo delegado. “Ele começou a gritar que ele era delegado e que eu estava preso. Apertou o meu braço e puxou, eu tentei sair e foi quando ele me enforcou, me jogou contra o carro dele e aí ele puxou a pistola e apontou na minha cara” , relatou. Gabriel acusou membros da polícia local de abuso de poder. Isso porque, ao tentar registrar um boletim de ocorrência, o educador foi impedido por uma suposta greve na unidade. Procurada, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) disse ter recebido o registro da ocorrência da vítima e que “realiza oitivas e diligências para apurar as circunstâncias do fato”. A corporação não respondeu, no entanto, os questionamentos do Metrópoles sobre a acusação de abuso de poder. Repercussão Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, mostrou indignação com o caso e defendeu “apurações administrativas” na PF para esclarecimento dos fatos. Já a escola em que Gabriel é professor reforçou, em nota, que o episódio é inadmissível e que prestará suporte ao educador, afastado por recomendações médicas. “Vale ressaltar que nada justifica uma agressão, seja física, moral ou verbal, e será sempre um ato repudiável, independentemente das razões que possam levar alguém a cometer tal atitude” , afirmou a instituição. *Com informações do Metrópoles Leia mais: Três irmãos morrem afogados após embarcação naufragar no AM VÍDEO: motorista fica ferido após carro capotar em acidente na avenida Oitis, em Manaus Ataque a tiros em aldeia Yanomami mata criança e deixa 5 feridos Entre na nossa comunidade no Whatsapp!