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Projeto “Amazônia Viva” une economia, fé e Justiça climática no interior do Amazonas

Com diversas ações pelos municípios do Amazonas, iniciativa propõe reflexões e um novo agir em prol das comunidades e do empreendedorismo sustentável

Manaus (AM) – Influenciar a transformação local e fortalecer modelos econômicos mais regenerativos. Essas são as diretrizes do projeto “Amazônia Viva”, ancorado pela organização “Economia de Comunhão” com o intuito de promover a interseção entre economia, fé e natureza. Até esta terça (25), a comunidade do Acajatuba – distante a 60 km de Manaus – é palco das Oficinas Amazônia Stock e de Florescimento Humano, ações desenvolvidas pela iniciativa.

Gestora do projeto, Maria Clezia Pinto de Santana, mais conhecida como Dima, pontua que a missão do “Amazônia Viva” é contribuir para o bem viver da sociedade.

“Isso porque o que tece a confluência entre Negócios com Propósito (Economia), Comunidades de Fé e Emergências Climáticas é o fio da preservação da vida, em todos os âmbitos”,

destaca.

Pós-graduada em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness, especialista em Negócio Socioambiental Positivo e em Gestão Solidária nas Organizações Sociais e Facilitadora de Processos de Florescimento Humano, Dima explica que o “Amazônia Viva” – que conta com o Sistema B-Brasil na parceria da execução – é estruturado em três alavancas: produção e disseminação de conhecimentos; sensibilização/capacitação; fomento ao empreendedorismo sustentável.

As Oficinas compõem uma das alavancas do projeto, oferecendo qualificação técnica com o programa Amazônia Stock (desenvolvido pela Associação Zagaia de Manaus) e cuidando da pessoa do empreendedor por meio da Semana do Florescimento Humano (sustentada pela empresa AION, que tem Dima como facilitadora, em companhia da psicóloga Fábia Siqueira e do empreendedor e designer Ewerthon Santos).

Projeto “Amazônia Viva” promove a interseção entre economia, fé e natureza Foto: Divulgação

A gestora do “Amazônia Viva” detalha que o Amazônia Stock (www.amazoniastock.com.br) é um banco de imagens socialmente consciente, dedicado a revelar a verdadeira essência da região.

“A plataforma reúne fotógrafos locais e talentos do mercado nacional, proporcionando uma visão autêntica e apaixonada da maior floresta tropical do mundo. Acredita-se no poder das imagens para despertar consciência, promover a preservação e mostrar a diversidade cultural e natural da região”,

pontua.

Segundo Dima, é muito importante apresentar a alternativa para uma possível geração de renda, assim como desenvolver o processo de florescimento humano (como ocorreu em Manaus entre os dias 17 e 19 de julho, junto com a ação “Mães Empreendedoras”). O município de Benjamin Constant também recebeu as Oficinas Amazônia Stock e de Florescimento Humano entre 7 a 11 de julho, envolvendo 25 jovens das etnias Tikuna e Kokama.

Dima detalha que foi constatada uma imensa fragilidade emocional dos participantes e o foco foi desenvolver pessoas para as relações sociais saudáveis, com mais equilíbrio emocional, resgatando os valores de suas origens.

“Nos últimos três anos, a cada 18 dias, um (a) jovem se suicida na comunidade Tikuna e Kokama, diante da falta de perspectiva de vida e da capacidade de sonhar, agravado pelo advento das drogas e do álcool. Portanto, cultivar o ‘solo interior’, cuidar do psicofísico emocional desses jovens foi um desafio, uma pequena conquista. Foi essencial.”

Público-Sujeito

O “Amazônia Viva” é voltado para lideranças das comunidades de fé; representantes de organizações que trabalham com essas comunidades; representantes de organizações que trabalham com negócios de impacto socioambiental positivo; povos e comunidades tradicionais; empreendedores/as de base comunitária.

De acordo com Dima, a iniciativa conta com uma série de ações. “Nossos papos envolvem: informar e qualificar as lideranças para que se tornam aptas a dialogar com suas comunidades; provocar uma mudança de narrativa; demonstrar que existe uma clara interseção entre os três campos (economia, fé, natureza); fortalecer modelos econômicos mais regenerativos, que consideram a sustentabilidade social, cultural, ambiental, econômica e institucional; e contribuir para o bem viver, com dignidade”, disse.

*Com informações da assessoria

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