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Levantamento

Mais de 2,7 milhões de empresas surgem no Brasil no ano de 2023

São Paulo lidera a abertura de novos empreendimentos, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro

Em um contexto em que o Brasil busca consolidar sua posição como potência global, a importância de fomentar novos empreendimentos aparece como um elemento crucial para o desenvolvimento econômico e social do País. 

Essas iniciativas empresariais não apenas desempenham um papel fundamental na geração de empregos, mas também atuam como motores de inovação, diversificação econômica e atração de investimentos.

Nesse cenário, o aumento do empreendedorismo não só contribui para o crescimento econômico, mas também estabelece a base para uma sociedade mais inclusiva e resiliente, promovendo a igualdade regional e enfrentando desafios sociais por meio da aplicação de tecnologias e modelos de negócios inovadores.

Em retrospectiva, 2020 deixou uma grande marca no tecido empresarial, com 32.467 empresas fechando suas portas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pandemia da Covid-19 precipitou um período de transformação forçada para muitas empresas de vários setores, levando-as a empreender processos de reinvenção, principalmente por meio da adoção de estratégias digitais, como publicidade e entrega on-line.

Presença digital

Nesse sentido, a presença digital não era mais uma opção, mas uma necessidade imperativa, uma convicção que perdurou e se intensificou desde então. A digitalização surgiu como uma tábua de salvação para a sobrevivência comercial e, por sua vez, como um catalisador para uma mudança significativa na mentalidade empresarial do país.

Apesar das adversidades, o Brasil tem demonstrado notável resiliência e adaptabilidade. No relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2022, o país ficou em quinto lugar no ranking mundial de empreendedorismo, indicando um dinamismo crescente no cenário empresarial.

Além disso, um estudo apoiado pelo Atlas Pequenos Negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que, em 2022, os micro e pequenos empresários injetaram R$ 35 bilhões por mês na economia brasileira, totalizando impressionantes R$ 420 bilhões anuais.

O aumento é ainda mais acentuado quando se considera o segmento de Microempreendedor Individual, que teve um aumento de 10 vezes na última década. Sem contar que, somente em 2022, foram abertos, em média, mais de 7 mil empresas por dia, evidenciando uma onda de atividade que está transformando a dinâmica do país.

Enquanto isso, nos primeiros oito meses de 2023, o Brasil presenciou a abertura de 2,716 milhões de novas sociedades, de acordo com dados do Mapa de Empresas desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Esse notável aumento resultou em um saldo positivo de 1,23 milhão de novas empresas, compensando o fechamento de 1,47 milhão.

Novas empresas

São Paulo lidera a abertura de novos empreendimentos Foto: Divulgação

O Ministério destacou que, considerando os registros acumulados até agosto, o número total de entidades ativas em todo o território nacional chega a 21,8 milhões. Destaca, ainda, que 93,7% delas são micro ou pequenas empresas, reforçando a grande importância desse segmento na estrutura econômica do Brasil.

Em uma análise mais detalhada, o Maranhão tornou-se o estado com o maior aumento proporcional no número de novas empresas, com um aumento de 7,7% em comparação com os primeiros quatro meses do ano, enquanto a Paraíba teve a maior queda proporcional. 

Ao nível regional, o estado de São Paulo liderou a lista com o maior número de empreendimentos iniciados, registrando mais 408.116 empresas, seguido por Minas Gerais (147.147) e o Rio de Janeiro (115.264).

Vale ressaltar que, somente no segundo trimestre deste ano, 1.382.708 empresas abriram, enquanto 738.190 empresas fecharam suas portas, resultando em um saldo positivo de 644.518 empresas adicionais nos últimos quatro meses.

A propósito, Amanda Souto, diretora do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, disse que os números do segundo quadrimestre “ilustram o aumento contínuo da atividade empresarial, com um saldo significativo de novas empresas no país”.

Além do número de novos estabelecimentos, o Mapa de Empresas também detalhou o tempo necessário para abrir uma empresa no país. Até o final do segundo quadrimestre de 2023, a média era de 1 dia e 5 horas, refletindo uma redução de 1 hora (3,3%) desde o final do primeiro quadrimestre. Em comparação com o mesmo período de 2022, observa-se um aumento de 6 horas.

Sergipe, como nos primeiros quatro meses, mantém sua posição como o estado mais eficiente, com um tempo de 7 horas para abrir uma empresa. São Paulo, embora ainda lidere no tempo de registro com uma média de 1 dia e 20 horas, apresenta uma melhora com uma redução de 6 horas (12,0%) em comparação com os primeiros quatro meses de 2023.

Food Services

Enquanto isso, outro relatório apresentado pela Serasa Experian mostrou que, nos primeiros seis meses de 2023, o Brasil testemunhou a criação de 2.117.073 novas empresas, com uma média de abertura de 12 empresas por minuto e representando um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O segmento de “Food Services” liderou esse impulso com 140.808 novas aberturas, com impressionantes 6,6% do total e uma média de 1.136 aberturas por dia útil. A análise macro reflete que o setor de “Serviços” foi responsável por 71,7% dos novos negócios, com um aumento de 5,8% em comparação com o mesmo período de 2022, superando consideravelmente os setores de “Comércio” (20,8%) e “Indústria” (6,3%).

“A criação de empresas nos setores que mais crescem mostra que a tendência de os ‘Serviços’ ganharem destaque deve continuar, principalmente pelo baixo investimento necessário e pela velocidade de retorno, que pode ser mais rápida, especialmente no setor de alimentos”,

disse Cleber Genero, vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian.

Em termos de natureza jurídica, os “Microempreendedores Individuais” estão em primeiro lugar, com 77,0% de participação na abertura de empresas no primeiro semestre do ano, seguidos pelas “Sociedades Anônimas” (18,3%), e depois pelas “Empresas Individuais” (2,6%) e “Outros” (2,1%).

Esse cenário dinâmico de negócios no Brasil, caracterizado pela criação de mais de dois milhões de novas empresas, não é apenas uma evidência da resiliência do tecido empreendedor, mas também de sua capacidade de se adaptar a um ambiente em constante mudança. 

Nesse contexto, a acessibilidade a recursos financeiros, como empréstimos pessoais, pode desempenhar um papel fundamental no apoio e no fortalecimento desses empreendimentos, fornecendo o impulso necessário para consolidar sua presença no mercado e contribuir para o crescimento econômico contínuo.

*Com informações da assessoria

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