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Europa

Agricultores espanhóis protestam por preços justos e menos burocracia

Ruas de Bruxelas são tomadas em dia de cimeira dos líderes da União Europeia

Foto: Sarah Meyssonnier

Produtores rurais espanhóis interromperam o trânsito em algumas das principais rodovias do país na terça-feira (6), unindo-se aos colegas de outros países europeus em protestos contra altos custos, burocracia e concorrência de nações não pertencentes à União Europeia.

Envoltos por tratores em Girona e em diferentes cidades desde Sevilla no sul até perto da fronteira francesa, os produtores demonstraram a insatisfação comum em toda a União Europeia.

“Com diferentes nuances em toda a União Europeia, compartilhamos dos mesmos problemas”, disse Donaciano Dujo, vice-presidente do ASAJA, uma das maiores associações de agricultores da Espanha, em entrevista à emissora nacional TVE.

A Asaja e outras associações haviam convocado protestos para quinta-feira, mas muitos agricultores sairam as ruas com seus tratores nesta terça, engarrafando o transito em todo o país, de Sevilha e Granada, no Dul, até Girona, perto da fronteira com a França, segundo as autoridades de transito.

“O campo está farto”, disse Dujo.

Luta dos produtores rurais

Assim como colegas na França, Bélgica, Itália e Portugal, os produtores rurais espanhóis estão insatisfeitos com o peso crescente da burocracia europeia, os preços baixos dos produtos e os crescentes custos operacionais.

Eles argumentam que as regras exigentes impostas pelos agricultores da UE para proteger o meio ambiente os tornam menos competitivos do que seus pares em outras regiões, como a América Latina ou a Europa não pertencente à UE.

Nos últimos dias, bloqueios na França e na Bélgica por vezes acabaram em confrontos violentos com a polícia.

De acordo com as autoridades de trânsito, em Girona, os tratores bloquearam vias carregando cartazes com a frase “sem agricultores não há comida”.

Este protesto faz parte de uma série de manifestações repertório entre produtores rurais de diferentes países na Europa. Seu principal objetivo é lutar por preços justos, pelo fim do excesso de regulamentações que dificultam a produção e pela diminuição da pressão fiscal a que estão submetidos atualmente.

Uma das exigências dos agricultores europeus, em protestos nas duas últimas semanas, se refere ao acordo Mercosul-UE. “Este acordo não pode ser ratificado na sua forma atual”, alertou o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, à sua chegada ao Conselho Europeu extraordinário e fazendo eco das recentes declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, para quem as condições do acordo de comércio com os países do Mercosul são inaceitáveis.

A França exige que as chamadas “cláusulas espelho” sejam acrescentadas ao pacto para garantir que as quotas que chegam ao mercado europeu provenientes dos parceiros do Cone Sul o façam em conformidade com as mesmas regras fitossanitárias, ambientais e sociais que os produtores europeus. 

*Com informações do O antagonista

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