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Editorial

Em nome da ordem

A juíza federal Jaiza Fraxe está agindo com grande bom senso contra a forma como grupos bolsonaristas transformaram o direito de se manifestar em atos de anarquia

Foto: Divulgação

Ciosa de suas responsabilidades legais, a juíza federal Jaiza Fraxe, da 1ª Vara Federal do Amazonas, está agindo com grande bom senso contra o que ela mesma classificou de “balbúrdia”, referindo-se a forma como grupos bolsonaristas transformaram o direito de se manifestar em atos de evidente anarquia.

A magistrada, como é do conhecimento público, determinou a multa de 1 milhão de reais para cada órgão de controle que descumprir o prazo de 12 horas para a retirada dos manifestantes da área onde está situada a sede do Comando Militar da Amazônia (CMA). Para se assegurar de que suas determinações seriam cumpridas, ela mesma, de corpo presente, inspecionou a área na quarta-feira (16), detectando uma série de irregularidades.

Dentre os absurdos, a magistrada constatou que “as gravíssimas ilicitudes expõem a vida da população manauara a risco de alto potencial lesivo”, como o “estacionamento irregular de carros na ciclovia e sua total obstrução na parte frontal ao Comando Militar da Amazônia”. Nesse sentido, Jaiza chama a atenção para o perigo de acidentes na área envolvendo ciclistas e veículos devido a “balbúrdia” instalada em uma das mais importantes áreas turísticas da cidade de Manaus: a Ponta Negra, na Zona Oeste. Se alguém disser ser vandalismo o que acontece ali, não estará cometendo exagero.

Na verdade, Jaiza está devolvendo ordem e paz a uma cidade que ficou mais conturbada depois do ato anárquico dos grupos bolsonaristas no afã de contestar o resultado de uma contenda eleitoral reconhecidamente ética e imparcial, sob o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o aval e o testemunho da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (MOE/OEA).

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