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Volta às aulas

Lojistas estão com expectativas positivas para vendas de materiais escolares em Manaus

Previsão de crescimento alcança 5% referente ao ano anterior, projeta CDL

Foto: Divulgação

Manaus (AM) — O caderno com a estampa de personagem famoso, pincéis coloridos e canetas com brilhos são alguns dos itens de papelaria dos sonhos de crianças e adolescentes para o período de compras de volta às aulas. Os meses de janeiro e fevereiro estão marcados pelo incremento no comércio local, em que pais e responsáveis estão equilibrando os gastos com os materiais escolares para o ano letivo que inicia.

A expectativa de aumento nas vendas de material escolar no comércio de Manaus chega a 5%, referente ao mesmo período do ano anterior, segundo a pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), durante o período de 21 a 31 de dezembro de 2023.

O presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), Aderson Frota, declarou haver uma expectativa positiva para o crescimento das vendas durante o período de volta às aulas, em razão das vendas de final de ano que animaram os comerciantes e o aumento da taxa do emprego.

“Esses dados apontam para a recuperação da economia e que 2024, com certeza, será um ano que não teremos os grandes problemas que aconteceram em 2022, nem aqueles agravados pela estiagem no ano passado. Em termos de comércio, o primeiro semestre é mais fraco que o segundo, pelo período de chuvas, férias e carnaval”,

afirmou.

Os indicadores de 2023 também contribuem para a guinada econômica, principalmente pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), as reduções da taxa do dólar e indicadores de inflação. Ao analisar o cenário, a economista Denise Kassama declarou que esses índices geram a expectativa de crescimento no mercado de material escolar, devido também a tradicional época em que há esse aumento.

Conforme o levantamento da CDL Manaus, o manauara gastou uma média de R$ 460 nas compras de material escolar em 2023. A previsão este ano é de um aumento de R$ 40, alcançando R$ 500. Esse valor representa um pouco mais de 37% do salário mínimo vigente, que é R$ 1.320.

A especialista aponta a projeção de ampliação no consumo em 9%, em relação aos gastos do ano passado. “É importante que os pais pesquisem bastante porque as variações de um mesmo produto pode chegar até 300% de um estabelecimento comercial para outro”, aconselhou.

Melhores preços

Especialistas recomendam recorrer a pesquisa na hora de comprar os materiais escolares Foto: Divulgação

Para evitar os gastos excessivos, a artesã e dona de casa Leyla Monte da Silva pesquisa os melhores preços na hora de realizar a compra do material escolar de seu filho, para não comprometer o orçamento familiar, assim como evita comprar produtos temáticos, que tendem ser mais caros.

“Esse período sempre gera ansiedade por conta que no início do ano temos vários compromissos. A gente tenta se organizar, nem sempre consegue. Costumo pesquisar nas lojas físicas, de preferência naquelas que trabalham com produtos em atacado”,

relatou.

A pesquisa, tal como é destacada na fala de Leyla, é o caminho fundamental para quem quer economizar. O economista Jefferson Praia explica que essa apuração pode ser realizada por sites e a partir do estabelecimento de maneiras de como verificar a melhor alternativa.

“Quando decidir a loja que vai comprar, a pessoa deve verificar se há descontos em compras de mais de uma unidade ou por pagamento à vista. É interesse, desde que saiba o que está fazendo, verificar se tem parcelamento, porque se a empresa oferece essa opção, os juros já estão embutidos ali”,

concluiu.

A compra no atacado pode oferecer benefícios aos consumidores que pretendem comprar material para mais de um filho ou desejam obter mais unidades de um produto. Jefferson Praia enfatiza que as lojas atacadistas possuem preços mais acessíveis nesses casos.

As lojas de Manaus, sobretudo as de papelaria, costumam se organizar para estarem preparadas para receber a demanda maior de compra de materiais escolares durante os dois primeiros meses do ano, já que as escolas entregam a lista de material solicitado no momento da matrícula. O aumento da procura também ocorre pelo planejamento financeiro das famílias de utilizar o dinheiro extra recebido no final do ano, como o décimo terceiro, para comprar os itens.

O estoque ampliado e variado pode ser um diferencial para o público. O Grupo Queiroz, que possui uma expectativa de crescimento nas vendas de 30% comparado a 2023, além de ter aumentado a quantidade e tipificações de itens em suas unidades, também estendeu o horário de funcionamento, com atendimentos ao público até às 19h, de segunda-feira a sábado.

Orientações

Procon fiscaliza lojas que vendem produtos para volta às aulas Foto: Divulgação

O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) orienta sobre os direitos salvaguardados no Código de Defesa do Consumidor (CDC) que auxiliam no período de volta às aulas. A compra de itens de uso coletivo não podem ser solicitados pelas listas enviadas pelas instituições de ensino, somente aqueles de uso individual devem constar nelas.

As escolas também não podem cobrar taxas para custear despesas, nem exigir marcas específicas e nem que o material seja comprado em lojas específicas.

Os materiais proibidos nestas listas são produtos de higiene pessoal, como sabonete e papel higiênico, de escritório, como resma de papel e clips, e de limpeza, como álcool e detergente.

O Procon-AM aconselha que os consumidores que verificarem esses itens sendo solicitados pelas escolas devem denunciar por práticas abusivas. Além de ressaltar que os materiais precisam estar presentes no plano pedagógico.

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