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Balanço

Mercado imobiliário do AM fatura R$ 354 milhões no 1º trimestre

Os dados são da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM)

Manaus (AM) – O mercado imobiliário do Amazonas apresentou resultados positivos neste primeiro trimestre do ano, com uma performance de R$ 354 milhões obtidos com a venda de imóveis novos. É o melhor resultado considerando a série histórica, desde 2017. Os dados são da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM).

De acordo com a associação, em estudo de Indicadores de Desempenho Imobiliário (IDI) divulgados na nesta quinta- feira (5), durante coletiva em um hotel da Zona Centro-Sul da capital, com a presença de empresários do setor, os números são animadores. O diretor da Comissão da Indústria Imobiliária da Ademi, Henrique Medina, disse que apesar dos recordes apresentarem uma situação pontual, os resultados precisam ser comemorados.

“Isso tudo foi impulsionado pelas vendas do mês de março, que foi um mês também, histórico. É muito importante frisarmos que esse recorde acontece em momento adverso, de muita dificuldade. Importante dizer que foi um recorde pontual no lançamento de produtos, um nicho de mercado que fez essa performance de vendas ser acima do normal. Independentemente de qualquer coisa é muito bom e precisamos comemorar os bons números”, explica.

Henrique Medida destacou os nichos que alavancaram os resultados deste ano/Foto: Carlos Araújo

Os números também permitem fazer uma lista com os bairros que mais compraram imóveis na capital amazonense. Dentre eles, a Ponta Negra.

“O bairro que mais vendeu no primeiro trimestre do ano passado foi o Parque Mosaico, nas proximidades do Planalto, seguido do bairro da Ponta Negra, que foi o que mais vendeu no mês de março. Essa região apresenta um vetor de crescimento do médio e alto padrão da nossa cidade”, diz o diretor da Ademi.

Henrique Medina também destacou a parceria da Caixa Econômica Federal para que os amazonenses possam adquirir um imóvel.

“A Caixa, sem sombra de dúvidas, é uma grande parceira, não só no Amazonas, mas no Brasil, como um todo. Ela é o banco que empresta mais dinheiro, não só recursos do FGTS, mas recursos provenientes da poupança e não repassa esses juros que estão definidos na taxa Selic e com isso há juros subsidiados”, comentou.

Os números foram apresentados para empresários do setor/ Foto: Maurício Sanches

Buscando soluções

O presidente da Ademi, Albano Máximo, explica que, a nível Brasil, mesmo com as dificuldades de aumento de custos, as expectativas também são positivas.

“A previsão de aumento do PIB [Produto interno Bruto], da construção, era de 2% no começo do ano. Nessa última reavaliação se subiu para 2,5%. Quer dizer que a expectativa dos incorporadores é boa, embora o momento seja difícil, já que temos um problema de aumento de custos, centralizado em alguns produtos e aumento de juros, que tira muita gente do mercado. Essa inflação ‘descola’ o salário do preço. São problemas que a gente vem trabalhando junto com a Caixa e o Governo Federal para suplantar. A Caixa tem sido parceria e vai anunciar uma séria de medidas que vai ajudar na venda de produtos mais populares”, afirma.

Segundo o presidente da Ademi, Albano Maximo, as medidas tomadas são para facilitar a vida manauara na hora de adquirir um imóvel/Foto: Carlos Araújo

Em relação as medidas que devem ser adotadas, o presidente da Ademi cita como exemplo a criação de um fundo garantidor.

“De R$ 2 bilhões de reais para garantir as prestações de até R$ 2500. Isso vai refletir nos juros, que acabam diminuindo. Sendo oferecido seis meses de carência, a pessoa compra e começa a pagar após seis meses. Há ainda ajuste na curva de subsídios, juros menores para Norte e Nordeste, pois temos uma diferença de salários com relação ao Sul e Sudeste do país. Todas essas medidas estão sendo avaliadas. O nosso setor é muito otimista. A percepção de futuro é alta e sempre estamos procurando nichos de mercado, com geração de empregos”, afirmou.

Histórico

Até então, o melhor trimestre para o mercado imobiliário ocorreu em 2021. Naquele ano, entre abril e junho, o setor faturou R$ 304 milhões. O mais próximo deste valor foi identificado no terceiro trimestre de 2020, um montante de R$297 milhões. No mesmo período do ano passado, esse valor ficou em R$ 162 milhões, um crescimento de 118% se comparado com o primeiro trimestre de 2022.

Das vendas feitas no primeiro trimestre, 496 foram do padrão econômico, 278 nos demais padrões verticais, 333 em unidades horizontais e 18 unidades comerciais.

Os bairros que representaram juntos 82,2% das unidades vendidas no primeiro trimestre de 2022 foram: Parque Mosaico (295); Ponta Negra (294); Colônia Terra Nova; Tarumã (126); Lago Azul ; Nova Esperança (38).

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