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Me Too Brasil

ONG lança canal 0800 no Dia da Mulher para ampliar acesso a atendimento e acolhimento

A organização prestará atendimento relacionado à denúncias, apoio jurídico e acompanhamento psicológico a partir desta sexta (8)

O Me Too Brasil, a única ONG brasileira a oferecer atendimento direto a crianças, adolescentes, mulheres e homens, oferece agora mais uma forma de apoiar as vítimas de violência sexual. Em comemoração ao Dia da Mulher, a organização lança, nesta sexta (8), um canal 0800 para proporcionar uma nova porta de entrada e um caminho expandido para solicitar atendimento e acolhimento. A entidade já oferece suporte gratuito em território nacional e para brasileiros no exterior, por meio de serviços online, disponíveis via WhatsApp e plataforma do site.

O novo atendimento é uma parceria da organização com a Central de Atendimento Scooto abrirá os caminhos para as vítimas para o acesso às orientações sobre denúncia e apoio especializado de profissionais de psicologia, direito e assistência social.

“Nem todos têm acesso ao site para preencher o formulário de atendimento. Ter uma operadora conversando com você e realizando o cadastro e agendamento fará toda a diferença. Vai facilitar o acesso, por exemplo, a mulheres de baixa renda”,

destaca a presidente fundadora da organização, a advogada especialista em gênero, Marina Ganzarolli.

Ao ligar para o 0800, a pessoa é acolhida e orientada por uma operadora do Me Too Brasil, que preenche um cadastro inicial de forma sigilosa e confidencial. Em até 24 horas, a equipe da organização entra em contato para agendar os serviços necessários, como acompanhamento psicológico ou orientação jurídica. A organização reforça que todas as informações são tratadas com sigilo e confidencialidade, estando disponíveis apenas mediante ordem judicial.

Nesta semana, o Observatório da Mulher contra a Violência e o Instituto DataSenado revelaram em pesquisa que 61% dos casos de violência contra mulher são subnotificados. A 10ª edição do Mapa Nacional da Violência de Gênero mostrou que apenas 24% das mulheres entrevistadas declaram conhecer muito a Lei Maria da Penha, o que as deixa ainda mais vulneráveis.

Para Ganzarolli, a falta de acesso à justiça e aos direitos fundamentais são questões centrais para o alto número de subnotificações. Embora o Brasil disponha de uma legislação robusta no combate à violência de gênero, muitas mulheres enfrentam obstáculos para buscar amparo legal e assistência adequada.

“Um dos principais desafios está na falta de informação e na ausência de recursos disponíveis para as mulheres em situação de vulnerabilidade. Muitas delas desconhecem onde procurar ajuda ou sequer têm acesso a serviços essenciais, especialmente em comunidades periféricas, rurais ou em municípios de menor porte, onde a estrutura de atendimento é precária”,

destaca Marina Ganzarolli.

Ela destaca que, mesmo quando as mulheres buscam reparação, esbarram na falta de orientação sobre como proceder, onde recorrer e como acessar serviços de apoio, como assistência psicológica ou jurídica especializada. “O acesso universal aos serviços públicos, o apoio individualizado e o acesso a recursos são essenciais para mulheres que buscam amparo e orientação para tomar decisões informadas sobre denúncias e seus direitos”, destaca.

O Me Too Brasil é referência desde 2020 por sua atuação no acolhimento e no apoio psicológico, jurídico, e assistencial de vítimas, e por seu ativismo público contra a violência de gênero no país. A organização e a Scooto são signatárias do Movimento Elas Lideram 2030, iniciativa do Pacto Global da ONU que busca empresas comprometidas com a paridade de gênero.

*Com informações da assessoria

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