Editorial E o povo, como fica, afinal ? Cabe ao eleitor, portanto, possuir consciência crítica e não se deixar levar pela onda oportunística dos sabichões políticos EM TEMPO - 16/02/2022 às 19:2016/02/2022 às 19:20 Divulgação São tempos de eleições no Brasil e já são intensas as conversações e movimentações de políticos em busca de alianças ou se organizando para trocar de partidos a fim de encarar a corrida às urnas para a definição do presidente da República, dos governadores, de senadores e dos deputados federais. Mas, a pergunta que não quer calar: E o povo, como fica? Cadê propostas buscando a melhoria do seu padrão econômico e social de vida em meio a maior crise sanitária da história brasileira? Cadê as alternativas para aplacar a crise e devolver um mínimo de dignidade ao povo sofrido? Cadê o respeito ao povo enquanto sujeito coletivo? A essas perguntas respondeu, em recente artigo, o sociólogo José de Souza Martins, professor Emérito da Faculdade de Filosofia da USP e também professor da Cátedra Simón Bolivar, da Universidade de Cambridge, e fellow de Trinity Hall (1993-94). Diz o professor: “O eleitor brasileiro é equivocadamente tratado pelos políticos como um sujeito temporário, de curta durabilidade, no período eleitoral objeto do assédio de candidatos e partidos que se munem de todos os recursos lícitos, mas também dos ilícitos, infelizmente, para usá-lo e não para convencê-lo. Aqui, candidatos e partidos não estão interessados em dialogar com a consciência política do eleitor, nem em reconhecer-lhe a soberania, nem em alargar-lhe o discernimento crítico”. Cabe ao eleitor, portanto, possuir consciência crítica e não se deixar levar pela onda oportunística dos sabichões políticos, e isso se quiser ser sujeito de uma nova história realmente transformadora. Leia mais: Políticos exploram podcasts à vontade no YouTube, driblando regras do TSE Apelo à consciência Passe Livre garante transporte gratuito a todos os estudantes da rede pública Entre na nossa comunidade no Whatsapp!