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Editorial

Golpe, nunca mais

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), manifestou publicamente sua posição de não mais querer insistir na pregação golpista que vinha alimentando há mais de um ano com seus apoiadores

Foto: Divulgação

Em importante momento da campanha eleitoral, praticamente a duas semanas da reta final do primeiro turno, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), manifestou publicamente sua posição de não mais querer insistir na pregação golpista que vinha alimentando há mais de um ano com seus apoiadores.

Na quarta-feira (31), em comício ocorrido em Curitiba, o presidente frustrou apoiadores ao pedir-lhes que abaixassem uma faixa pró-golpe com os dizeres: “Presidente, acione as FFAA. Nova constituição anticomunista”. Um sinal negativo, feito com a cabeça, jogou por terra a intenção maliciosa dos apoiadores mal-intencionados.

Bolsonaro foi aconselhado por assessores de campanha a não mais repetir ataques nem contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e tampouco contra o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), deixando de lado suas suspeitas sobre as urnas eletrônicas. Segundo os assessores, se desse prosseguimento à saga, o presidente correria sérios riscos de acumular mais prejuízos eleitorais.

Para os assessores, Bolsonaro só tem uma estratégia a seguir se ainda quiser chegar ao final de setembro com chances reais de ir para o segundo turno da disputa presidencial: substituir o belicismo retórico pelo oferecimento de propostas ao país, como vêm fazendo os seus adversários.

Portanto, a estratégia aloprada do golpe a qualquer preço deve ficar para trás. Em seu lugar, um Bolsonaro “paz e amor”, palatável à democracia e ao Estado de Direito. Por que não ? Nunca será tarde para tentar apagar tantas diatribes inúteis.

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