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AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL

Escritora do AM é finalista no Prêmio Jabuti de Literatura

A obra apresenta iniciativas tecnológicas, projetos inovadores e ações empreendedoras que estão em curso na Amazônia Legal

Foto: acervo pessoal

Manaus (AM) – Considerado um ecossistema único, que atua como abrigo da maior biodiversidade do planeta em plantas, animais e microorganismos, o bioma amazônico compreende 40% de toda a América do Sul. Com toda a grandiosidade, falar sobre a Amazônia se tornou um “refúgio” para autores de todo o país, principalmente da própria região, que vem sofrendo cada vez mais com o impacto do desmatamento e de focos de incêndio.

Colocando a temática em pauta, a historiadora, comunicadora e escritora amazonense Cristina Monte está entre os 5 finalistas na categoria “Economia Criativa” da 64ª edição do prêmio Jabuti de Literatura com a obra “A Amazônia Sustentável e o Ecossistema Empreendedor”. A obra, publicada pela editora “Fala Negócios de Comunicação”, apresenta iniciativas tecnológicas, projetos inovadores e ações empreendedoras que estão em curso na Amazônia Legal. O lançamento ocorreu simultaneamente na 20ª Bienal do Livro Rio, no Riocentro e, na 3ª Feira do Polo Digital de Manaus.

Cerca de 100 pessoas que atuam na região em diferentes áreas participam da edição. Foram ouvidos caboclos, ribeirinhos, presidentes de empresas, CEOs de institutos de pesquisa, educadores, cientistas e outros, cujo as histórias e casos estão acomodadas em 17 capítulos, como empreendedorismo, inovação, recursos humanos, indústria, educação, comunicação, biotecnologia, cultura, dentre outros. A obra também apresenta um verdadeiro panorama para quem não conhece a Amazônia ou para quem quer saber mais sobre umas das áreas ambientais mais ricas e cobiçada do planeta.

Para a escritora, estar entre os finalistas de uma premiação dessa magnitude é algo inimaginável. Ela, que já se sente vencedora em estar entre os 5 finalistas da categoria do Prêmio Jabuti de Literatura, ressalta que considera a classificação como uma conquista e um reconhecimento para a região em que vive.

Foto: acervo pessoal

“Não conheço a Amazônia profundamente, mas – espiritualmente – tenho uma ligação muito forte que me motiva a fazer algo relevante em nome da preservação e desenvolvimento sustentável. Espero, sinceramente, que meu trabalho – em algum nível – provoque o diálogo, inspire pessoas/dirigentes, ou, pelo menos, mostre um pouco da Amazônia para quem a desconhece. O reconhecimento é para um propósito e não para a pessoa física. Nem nos meus melhores sonhos, jamais imaginei estar nesse patamar. Já estou muito satisfeita. O futuro a Deus pertence e que seja feita a vontade Dele. Minha gratidão é eterna”, revelou.

O sentimento de “descrença” tomou conta da escritora Cristina Monte ao ver o seu nome na lista de finalistas. A escritora criou coragem de inscrever a obra para a premiação faltando cerca de dois dias para o encerramento.

“Foi inacreditável. Por mais que a gente submeta um trabalho e é claro tem a intenção de ganhar, nesse caso específico, eu não tinha ideia de que o livro seria classificado no Prêmio Jabuti de Literatura. Eu inscrevi o livro porque recebi um e-mail da Câmara Brasileira do Livro (CBL), devido à documentação que fiz por ocasião do registro da obra. E fiz isso, graças à prorrogação do prazo, pois mesmo sabendo do concurso achei que não seria classificada. Decidi correr o risco. Quando recebi o e-mail da lista classificada da CBL achei que era uma mensagem de marketing e retornei a mensagem perguntando se não havia um equívoco. Porém, quando acessei a lista e desci os olhos nos nomes dos autores e das obras, lá estava o ‘A Amazônia Sustentável e o Ecossistema Empreendedor’. Fiquei estarrecida e com vergonha por causa do meu e-mail”, explicou.

Em maio de 2022, a jornalista foi agraciada com o Prêmio FAPEAM CT&I – 2021, categoria Profissional de Comunicação (Mídia Impressa), pelo relevante trabalho prestado à C&T do estado do Amazonas. Em setembro, foi convidada para participar do 11º Fórum da Rede Mulher Empreendedora, no painel `Empreendedorismo feminino da região amazônica´, em São Paulo.

Como empreendedora, criou em 2018 a “Fala Negócios de Comunicação”, em que assessora institutos de pesquisa, associações e empresas em grandes eventos na parte da comunicação com a imprensa.

Foto: acervo pessoal

O ditado popular diz que, para que a vida de alguém seja completa, é necessário levar à prática três ações: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. A autora amazonense Cristina Monte seguiu exatamente esses “mandamentos”. Cris é casada há 33 anos, tem um casal de filhos e dois netos.

“Cresci com esse pensamento: tive dois filhos, plantei e planto muitas árvores no meu sítio em Iranduba e acho que me vi no momento de escrever o livro. Tive duas importantes experiências que foram fundamentais para a elaboração do ‘A Amazônia Sustentável e o Ecossistema Empreendedor’. A primeira aconteceu por volta de 2005, quando assumi a coordenação de uma revista técnica da FUCAPI e acompanhei todo o processo de produção, o que me trouxe bastante tranquilidade para poder desenvolver a parte técnica e operacional do livro. A segunda, partiu de um grande amigo, Adalberto dos Santos, superintendente do Jornal do Commercio, que me convidou em 2017 para escrever artigos no JC. Na verdade, foi uma excelente experiência para me desenvolver na escrita. Unindo as duas experiências, me senti confortável – apesar de todo o trabalho e desafios – em tocar o projeto com segurança”, destacou.

“Desde 2005 me vi envolvida com as questões da Amazônia, por conta da revista da FUCAPI, onde entrevistei vários ministros, secretários de estado, dirigentes locais, pesquisadores, educadores, entre outros. Mas, principalmente, em 2019, quando participei como voluntária na organização da 2ª Feira do Polo Digital, percebi que o ecossistema empreendedor e digital chegava a um outro patamar de desenvolvimento e me senti atraída a colocar no papel projetos, iniciativas, problemáticas que envolvem a Amazônia Legal. A partir daí, sai a campo”.

Ainda com muitos planos, Cristina ressalta que a agenda de 2023 já está em andamento e que logo será divulgada. Além disso, também destaca que a versão em língua inglesa da obra ‘A Amazônia Sustentável e o Ecossistema Empreendedor’ começará a ser produzida.

“Estamos viabilizando a venda dos livros pela Amazon e outros marketplaces, preciso trabalhar a versão em inglês para o público estrangeiro, já que há duas edições: em português e, outra, em português/inglês. Além de assumir outros compromissos e convites que devo divulgar em breve. Então, para 2023 me vejo bem ativa”, concluiu.

A escritora

Cristina Monte é jornalista, especialista em Comunicação Empresarial (Cásper Líbero), Responsabilidade Social (FUCAPI) e em Divulgação Científica em Saúde na Amazônia (FIOCRUZ-AM). Cristina também é graduada em História pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Atuou por quase 4 anos como diretora de Comunicação e Marketing da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-AM) e, além de ser Assessora de Imprensa, é articulista e colunista convidada pelo Jornal do Commercio, editando a coluna Mais Negócio$, no caderno de Economia, todos os fins de semana, desde 2018.  No periódico, Cristina tem mais de 150 artigos publicados. Atuou como apresentadora no programa “Acelera Amazônia”, do AmazonSat, por 2 temporadas. Mantém os portais `Na Cuia da Cris´ e `Amazônia Empreendedora´.

Sobre o Prêmio Jabuti

O Prêmio Jabuti é realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e está em 64ª edição. A premiação é dividida em quatro eixos temáticos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, em que são classificadas em 20 categorias. 

Nesta edição da premiação, foram escritos 4.290 livros, superando em 25% o volume registrado na edição passada, em 2021, que foi de 3.422. Os(as) vencedores(as) de cada categoria recebem a estatueta e o prêmio de R$ 5 mil (exceto Livro Brasileiro Publicado no Exterior). O (a) vencedor(a) da categoria Livro no Ano será premiado(a) com a estatueta e o valor de R$ 100 mil.

O maior diferencial do Prêmio Jabuti em relação a outros prêmios é a sua abrangência: além de valorizar escritores, ele destaca a qualidade do trabalho de todos(as) os(as) profissionais envolvidos(as) na criação e produção de um livro. Anualmente, editoras dos mais diversos segmentos e escritores (as) independentes de todo o Brasil inscrevem suas obras em busca da tão cobiçada estatueta e do reconhecimento que ela proporciona. Receber o Prêmio Jabuti é um desejo acalentado por aqueles(as) que têm o livro como instrumento de cultura.

Edição Web: Bruna Oliveira

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