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Editorial

A Manaus que se quer

Ruas bem cuidadas mudam a experiência de morar no bairro, viver na cidade e faz pensar na cidade que o Manauara quer e merece

Foto: Divulgação

O sistema viário de Manaus está recebendo forte intervenção da prefeitura, com recapeamento (não apenas tapa-buracos!) de vias em vários pontos da cidade. A ação promove uma mudança na experiência de se deslocar, seja a pé, de ônibus, moto, carro, bicicleta, cadeira de rodas, da maneira que for. Mais que isso, ruas bem cuidadas mudam a experiência de morar no bairro, viver na cidade e faz pensar na cidade que o Manauara quer e merece.

Manaus está incrustada às margens do majestoso Rio Negro que, ainda em frente à cidade, ali pela Ponta das Lajes, entrega suas águas calmas e escuras ao revolto Solimões e se transforma no Amazonas, o maior e mais importante rio do mundo. Mas Manaus, ao longo de sua história, virou as costas para o rio, sobraram apenas algumas janelas para as belas águas, a Ponta Negra, a Ponte do Rio Negro, o Parque Rio Negro, Amarelinho, as Lajes, e alguns vislumbres, aqui e ali, nos bairros da Zona Oeste. Manaus deve, um dia, em um projeto de reurbanização, voltar-se para o rio.

O manauara também precisa de calçadas, calçadas que permitam ao idoso, e o manauara está ficando idoso, à pessoa com deficiência, a quem tem mobilidade reduzida, se locomover com segurança. Manaus ainda será uma cidade com belas calçadas, onde as pessoas se encontrarão.
E o manauara precisa de mais parques, mais espaços de convivência, menos concreto, mais grama, mais beleza. Manaus precisa de um urbanismo, em certa medida, revolucionário, que priorize a qualidade de vida e a experiência de viver em Manaus.

Essa Manaus que se quer é vislumbrada quando a prefeitura recapeia suas vias, mas ela só virá a existir se o manauara assumir o compromisso concreto de fazê-la real. O manauara que nasceu aqui e o escolheu essa cidade para viver. Esse compromisso se materializa quando uma árvore é plantada e cuidada, quando o lixo não vai para o meio da rua, quando a calçada não é invadida, quando o ponto do ônibus, a praça, o passeio público é tratado como se fosse de cada um e não de todos, que, muitas vezes, é o mesmo que ser de ninguém.

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